5 de jan. de 2018

Tribalismos, moda, mainstream etc.

Tribalismos, moda, mainstream etc.
Por: Colorado Teus



Os grupos sempre tiveram/têm um papel fundamental no desenvolvimento, não só da raça humana, mas da grande maioria dos animais. Formar grupos, manadas, alcateias, cardumes, bandos etc. é muito bom para se desenvolver força e capacidades que o indivíduo sozinho não consegue. Um faz bem uma coisa, outro faz bem outra, as partes se complementam e podem formar um todo muito superior a cada parte.





Há quem diga que o desenvolvimento de um grupo é exponencial e não diretamente proporcional, ou seja, para 2 pessoas, há 4 vezes a força de uma e não o dobro, para 3 pessoas, há 9 vezes a força e assim por diante. Mas isso, obviamente, se houver um direcionamento, uma ordem, um objetivo comum, o que se chama de egrégora.


Para possibilitar a formação de uma egrégora, é necessária uma tradição, um vocabulário simbólico organizado de forma ritualística que, por ser repetido inúmeras vezes, constantemente relembra os membros do grupo dos ideais e objetivos a serem seguidos/buscados. É isso que fortalece, purifica e cristaliza o grupo, formando uma união no nível espiritual que é capaz de afetar a 'sorte' no físico.


Porém, para que a pessoa pertença de corpo e alma a uma egrégora, ela precisa de objetivos de vida, de caminhos bem definidos que almeja trilhar. Pois, se ela os tem, basta achar a(s) egrégora(s) que está(ão) alinhada(s) com seus propósitos e botar as mãos à massa. O problema é que a grande maioria dos seres humanos está completamente perdida, sem direção ou objetivos de vida.


Dessa forma, os instintos de pertencimento grupal acabam gerando uma carência, um vazio que afeta a vida de muita gente. Com esse vazio, muitos acabam se associando a religiões genéricas, que prometem mil milagres, dentre eles o da felicidade. Outros começam a seguir tribalismos** de maneira cega, sem uma real identificação em sua essência; colocam brincos enormes, fazem aquela tatuagem da moda, alargador de orelha, esticador de pescoço, afinador de cintura, diminuidor de pé etc. Muitos desses aspectos se manifestam como a moda de se vestir, as gírias padrão que ficam repetindo, as comidas e bares que frequentam, a bebida que bebem ou a droga que usam para se sentirem aceitos pelos 'grupos'. Há até mesmo a moda de seguir uma tendência política, ou de falar mal de um partido específico, ou de falar que não gosta de nenhum partido e por aí vai. Há aqueles que apelam para o fanatismo em times de futebol, grupos de militância, 'causas sociais e ambientais' etc.


Os publicitários e marketeiros conhecem muito bem essas manifestações e usam e abusam das tendências, do 'mainstream'. Eles entendem que sempre haverá muita gente que tentará preencher o citado vazio comprando a moda, a hype, o mainstream. Eles sabem que esses 'grupos' têm um sistema de autodefesa, uma energia consciente, que classifica como 'chato' todo aquele que está por perto e não segue os padrões. Então, a grande maioria sucumbe por não querer ser o chato e acaba aceitando.


As consequências negativas vão desde o físico (estou cansado de ver paleteria***, barbearia, temakeria, hamburgueria, "gourmeteria" em geral fechar porque no começo dava certo, depois, do nada, todos pararam de comprar; ou para as próprias pessoas que, empolgadas pela hype, gastam uma nota preta para comprar coisas só porque estão na moda - e o preço vai às alturas devido à demanda), ao espiritual (a pessoa busca fora de si o preenchimento dos vazios interiores e acaba ficando desconectada de seu espírito).


Proponho, de acordo com tradições que sigo, duas soluções para essas questões:
1) Autoconhecimento: com ele a pessoa é capaz de entender suas aspirações superiores, sua vontade interna, e assim consegue encontrar bons lugares para se conectar e manifestar as forças de seu espírito.
2) Magia: que possui todo um treinamento para que sua Vontade sobrepuje seus desejos, para que você seja capaz de dizer não para o que não quer e dizer sim para o que quer. Com a magia o ser é capaz de controlar seus elementos interiores e confrontar os desequilíbrios provocados pelos efeitos de manada no mundo.


Vai dar certo!


** nota: não há nenhum problema em fazer qualquer um dos itens citados, o problema é fazer só porque é moda.
*** nota: não há nenhum problema em nenhum dos negócios citados em si, minha crítica é o 'fazer só porque é moda.

4 comentários:

  1. Bom estar de volta!

    A egrégora acredito que pode influenciar ainda por um tempo um indivíduo que queira se desconectar dela?

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    1. Sem dúvidas. Enquanto não há o corte de cordão que liga a pessoa à egregóra, pode sim haver influência.

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  2. Bom tê-lo de volta! Obrigado pelo texto!

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  3. Bom lê-lo novamente! Obrigado pelo texto!

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