10 de mai. de 2013

A busca pelo vazio e uma introdução aos métodos de cura

Por: Colorado Teus

Auto controle

Satisfação,

Hoje volto a falar sobre os estados vibratórios dos seres humanos, de como isso influencia seu comportamento e vou passar também um exercício prático para quem realmente quer se conhecer.
Há dois meses retornei aos caminhos da luta, no sentido literal da palavra, com o início em dois estilos de Kung Fu: O Choy Lay Fut e o Tai Chi Chuan. São dois estilos completamente diferentes, que trabalham áreas do corpo e energias completamente diferentes. O post de hoje é mais ligado ao estilo Tai Chi Chuan, é uma interpretação minha, com meus conhecimentos hermetistas/espiritistas, sobre o estilo e como tenho lidado com ele.
Sugiro a leitura de Meditação e alteração dos estados vibratóriosOs quatro elementos e Viagens diárias em nossa mente.


A primeira impressão que me marcou no estilo que pratico, o Tai Chi de Pai Lin, foi a força da egrégora. Na primeira aula meu mestre, como faz para todos em suas primeira aulas, nos passou o exercício do começo de uma Forma, ou Kati como muitos conhecem; porém, os alunos que não a conheciam, como eu, tínhamos que seguir o fluxo, sem saber o que estava por vir, como se fôssemos uma gota de água viajando em um rio, que apenas segue o fluxo e se apoia em todas que estão ao seu redor. Obviamente o resultado foi desastroso perante à prática dos outros alunos, mas ao mesmo tempo lindo para mim mesmo, pois dava para sentir que os movimentos saiam muito naturalmente devido a força da egrégora. O ritmo foi facilmente perceptível, sempre Yin depois Yang, concentra a energia e depois a expande, trabalhando cada hora uma região especifica do corpo, mas com o objetivo sempre de voltar o olhar interior para cada região. No começo os movimentos parecem ser extremamente mecânicos, pois a pessoa está simplesmente copiando o que vê externamente dos outros, mas quando se faz sozinho e prestando atenção ao fluxo de energia do corpo em harmonia com a respiração, é possível perceber que a ação dos exercícios é muito forte. O grande relaxamento ao final das práticas e a sensação de bem-estar podem comprovar a eficácia da arte. O mais legal é que pode ser praticado por pessoas de qualquer idade (o próprio Pai Lin tinha ~90 anos quando morreu e mandava muito melhor do que geral na época), gênero, etc., porém com um objetivo em comum: a busca pelo vazio.


É muito difícil falar sobre filosofias orientais como o Tai Chi para quem não tem contato, pois elas são inerentes à prática, sem praticar não é possível entender o porquê de certas coisas, portanto, ao final vou passar alguns exercícios relacionados ao Tai Chi e ao Auto controle/Autoconhecimento, mas mesmo assim, vou tentar explicar um pouco mais sobre ele antes.

Como disse há pouco, a busca do Tai Chi é a "Busca pelo Vazio", o "Wu Chi", mas o que isso significa? A cada prática eu tenho entendido um pouquinho mais o que é esse vazio que eles tanto falam e hoje vou tentar correlacionar com meus posts anteriores sobre os estados vibratórios do ser humano. Lembram-se desta ilustração abaixo que eu fiz para tentar esquematizar onde se alojam/de onde vêm nossos pensamentos?

Então, nem todos pensamentos que chegam até nós são exatamente nossos, alguns chegam por atração vibracional, muitos param nos filtros do ego, alguns vem de nossos mentores; muito do nosso subconsciente é controlado por egrégoras e nós nem percebemos como chegamos a tais tipos de pensamentos por nós mesmos. O caso típico é aquela pessoa que defende uma causa sem saber o porquê, o faz somente porque ela admira outras pessoas que também a defendem ou foram ensinadas a fazer assim.

O que o Tai Chi busca é que a pessoa se esvazie daquilo que vem de fora e coloca a pessoa no comando dos próprios níveis de consciência, porém não faz isso à força. A ideia é a seguinte: coloca a pessoa para olhar para dentro de si mesma após o estabelecimento da egrégora. Os pensamentos começam a aparecer e andar pela egrégora, como se fosse criado um rio fechado em constante movimento que liga o pensamento de todos que estão ali presentes, as ideias são as gotas de água deste rio. Mas este rio é poderoso e provoca uma "seleção natural", fazendo uma alusão à Richard Dawkins em sua Teoria dos Memes, e muitas ideias morrem ali mesmo ao colidir umas com as outras, criando uma harmonia entre os praticantes que estão na corrente devido a busca comum pelo esvaziamento. Ideias fúteis são mortas rapidamente, sobrando apenas as ligadas a egrégoras um pouco mais poderosas. Após esse processo, a pessoa se esvai de muitas coisas e consegue olhar para dentro de si mesma de maneira mais eficiente (ocorre um aumento da percepção), aí então os exercícios de energia  funcionam de maneira bem melhor. Como diz um velho ditado do Tai Chi: "Um homem sábio é o que conhece suas próprias vísceras."

Os exercícios consistem em perceber como as energias circulam por nossos corpos, logo estão ligados aos Chakras, mas não somente os primários. Alguns exercícios estimulam as energias para passarem com mais potência por certos lugares para aumentar a possibilidade de percepção do praticante. Outros são simplesmente meditações com o olhar interior voltado a certas partes específicas do nosso corpo, combinado com os chakras receptores das mãos e dos pés. Para quem não sabe o que é o "olhar interior" é canalizar sua intenção em perceber com a mente como está algum lugar do seu corpo (magia?).


Para quem já conhece os 7 Chakras principais, fica fácil entender esta classificação do Tai Chi para as ligações entre o Homem, o Céu e a Terra. O Chakra básico liga o ser humano à terra, o coronário ao céu, entre estes 2 ficam outros 5 Chakras, por isso a comparação entre o homem e um pentagrama, partindo deste raciocínio, o pentagrama (cada um de seus lados é equivalente a um Chakra) faz o homem de ponte entre a criação e o criador. O Tai Chi nos faz aumentarmos a ligação com o Céu e com a Terra, provocando constantes encontros entre as energias densas e sutis, formando o tão conhecido Yin/Yang ao centro, ajudando-nos a trabalhar e harmonizar estas energias.

Alguns ocultistas vão reclamar desta minha comparação entre o pentagrama e os Chakras internos, pois o simbolismo comum traz a ideia de que o pentagrama é o homem com as pernas e braços abertos, o que não está errado também, mas ao meu ver, isto mostra as distorções entre as dimensões física e as dos Chakras (que estão em uma dimensão além do 3D). Para melhor entender esta relação, estudem este ritual gnóstico proposto pelo Marcelo Del Debbio no TdC: http://www.deldebbio.com.br/2009/01/03/exercicios-praticos-musica-e-respiracoes/

Teoricamente, como citei nos posts sugeridos para leitura ao início deste texto, temos outros corpos além do corpo físico, todos eles ligados por uma série de cordões e mais relacionados a um Chakra, um dia faço um post só sobre cada corpo; estes corpos nem sempre estão em harmonia uns com os outros, que é o caso de praticamente todo mundo, o que gera vários males para o ser humano. Citando um exemplo simples, muitas pessoas idealizam corpos físicos que não têm, o que gera certa tristeza e pode afetar fortemente o humor da pessoa e muitas escolhas que ela faz em sua vida. A grande diferença da medicina Oriental para a Ocidental tradicional é que a primeira trabalha a harmonização de todos estes corpos interligados, já a segunda acha que as doenças estão apenas em dois corpos (doenças físicas e psiquiátricas) e não considera todo o resto, levando uma filosofia bem tapa buraco, conserta um lugar e estraga o outro. Por que estou falando isto? O Tai Chi é um estilo de luta que muitas vezes é utilizado para cura de doenças e harmonização de todos estes corpos, ou seja, possui fins terapêuticos também.

Criando-se harmonia entre todos os corpos fica mais difícil somente um estragar, pois cada um dá força na regulagem do outro, eis aí a explicação do funcionamento do famoso "efeito placebo". No efeito placebo as pessoas acham que vão ser curadas por algo que não produz nenhum tipo de atividade no corpo físico, mas então têm seu corpo mental equilibrado pela fé na cura, este equilíbrio mental se traduz para outros corpos e produz efeitos inacreditáveis. Citando um exemplo, fizeram uma experiência em que 4 pessoas precisavam de cirurgia no joelho para conseguirem voltar a andar após acidentes. Em duas eles fizeram a cirurgia e em duas não, porém abriram o joelho destas últimas de modo que ela não soubesse que não tinham feito a cirurgia e acreditassem que tinham a feito. O resultado é que as 4 pessoas voltaram a andar. Só pesquisar no google que vão achar muuuuitos casos de cura por efeito placebo. Pessoas com os dias contados para morrer que não morreram porque resolveram aproveitar a vida neste período e foram curadas pela felicidade...


Não estou dizendo que os capa branca são inúteis, de maneira nenhuma. O que quero propor é se basear mais na prevenção do que na remediação. Além destes 6 doutores eu gostaria de acrescentar o "Andar descalço na terra", que é um dos mais poderosos. O ideal seria não precisar mais ir aos hospitais/clínicas, mas se precisar vá! Pretendo fazer posts falando sobre os métodos de cura alternativos como: Reiki, banhos de ervas, homeopatia, uso de cristais, etc. Um dos métodos é o Tai Chi Chuan, cujo texto é exatamente este.

A prática do Tai Chi Chuan é extremamente simples de se aprender, podendo ser aprendida por revistas ou vídeos na internet, o difícil é superar suas próprias barreiras energéticas e conseguir perceber suas próprias energias, sendo necessário, na maioria das vezes, a ligação a egrégoras do estilo para conseguir isso. Portanto, vou propor uma prática similar ao que se faz numa aula de Tai Chi. Durante uma aula, ficamos mais ou menos 25% do tempo com as mãos sobre o umbigo (grande portal energético do ser humano, por onde éramos alimentados por nossas mães antes de nascermos) para tentar perceber o fluxo de energia que passa por ali após fazermos algum tipo de exercício. Como não são todos que conseguem perceber essas energias, vou propôr a percepção de outras energias que refletem o que se passa com nosso corpo: nossos pensamentos.

1- Peguem um bloco de folhas e um lápis para fazerem anotações.

2 - Escolha seus 5 estilos musicais preferidos e duas músicas de cada um. Atribua um estilo para cada dia que for fazer a prática.

3 - Sente-se em um lugar que não será incomodado, com a coluna ereta, feche seus olhos e vigie seus pensamentos por mais ou menos 2 minutos, sem interferir neles. Anote os 5 principais pensamentos que vieram à sua consciência.

4 - Escute as duas músicas do dia utilizando a técnica de meditação sobre músicas. Refaça o item 3 e perceba as divergências.

Com esse exercício vocês poderão perceber como as músicas podem provocar modificações em suas energias internas e podemos então utilizar as músicas para nos colocarmos em certos estados vibratórios quando desejarmos, como eu, por exemplo, que sempre coloco Bach antes de estudar, ao ouvir tal música eu já entro no que chamo de "estado de estudo", melhor dizendo, ativo minha personalidade de estudante. A primeira vista pode parecer que isto não tenha nada a ver com Tai Chi Chuan, mas quem pratica vai entender o porquê da comparação entre o estilo e este exercício.

Para quem gosta do TdC, tem um texto muito bom sobre o Poder dos sons. Grande abraço para todos,

Vai dar certo!

(Texto escrito ao som de High Hopes - Pink Floyd, se alguém pensou nessa música ao longo do texto não foi mera coincidência :) )

2 comentários:

  1. Muito obrigado pelas explicções, continue este trabalho maravilhoso. Abração

    ResponderExcluir
  2. Muito bom o texto!
    Tenho praticado Tai Chi a um bom tempo (treino o estilo yang) e realmente considero esse um sistema marcial muitíssimo interessante (e pode-se dizer completo).

    P.S.: Pensei na High Hopes ao longo do texto, mas foi a cover feita pelo Nightwish xD

    Abraços!

    ResponderExcluir